9 filmes que são muito parecidos uns com os outros (ou são cópias)

Sergei Asimov
By Sergei Asimov 6 Min Read

Muitas vezes, ao assistir a um filme, surge aquela sensação estranha de que a história já foi vista antes, em outra produção. Essa impressão não é mera coincidência em vários casos, já que a indústria do cinema, com suas complexas relações comerciais e artísticas, frequentemente traz produções que se aproximam bastante, seja por inspiração, tendências ou até mesmo situações curiosas que geram projetos paralelos. Filmes com tramas muito semelhantes, personagens que se parecem demais e enredos quase idênticos são comuns, deixando espectadores atentos a essas repetições.

Esse fenômeno acontece por várias razões, incluindo o fato de que algumas ideias são universalmente atraentes e acabam sendo exploradas por estúdios diferentes quase ao mesmo tempo. Além disso, o sucesso de uma produção pode incentivar outros cineastas a criarem algo parecido, tentando captar o mesmo público. Curiosamente, em alguns casos, essas semelhanças são tão grandes que quase parecem cópias, ou versões alternativas da mesma história, lançadas em intervalos muito próximos, o que intriga os fãs e levanta debates sobre originalidade.

Entre os exemplos que exemplificam essa prática, destacam-se dois filmes sobre missões para Marte, ambos lançados em 2000. Apesar de terem tido desempenho fraco nas bilheterias, essas produções dividem a mesma ideia central de explorar o planeta vermelho e seus mistérios. Elas mostram como um tema pode ser explorado de formas ligeiramente diferentes, porém com o mesmo foco, revelando um interesse comum no cinema por histórias de exploração espacial e aventura em ambientes desconhecidos.

Outra dupla interessante inclui dois filmes que giram em torno da vida de policiais infiltrados em grupos de atividades radicais, seja no surfe ou nas corridas de rua. A estrutura básica da narrativa é praticamente a mesma, com personagens que se aproximam, enfrentam dilemas e desenvolvem relações complexas dentro desses universos específicos. Essas semelhanças reforçam a ideia de que o cinema busca reciclar temas que funcionam bem na tela, adaptando-os para contextos diferentes que possam atrair públicos variados.

Também vale destacar as duas obras que mergulham no universo da mágica e do ilusionismo, lançadas no mesmo ano, ambas com histórias de rivalidade e mistério entre mágicos em épocas passadas. Apesar das abordagens distintas em termos de cenário e personagens, o foco na arte da ilusão e na busca pelo domínio da mágica cria uma conexão direta entre essas produções. É um exemplo claro de como certos temas fascinam tanto que são revisitados quase simultaneamente por equipes criativas diferentes.

No campo das comédias românticas, o retrato de relações baseadas em sexo sem compromisso ganhou destaque em dois filmes lançados em 2011, ambos explorando o dilema de amigos que decidem manter uma relação sem envolvimento emocional profundo. A coincidência de lançamentos próximos e enredos semelhantes mostra como algumas temáticas sociais e relacionais são foco constante do cinema, que busca refletir as mudanças culturais e comportamentais em sua narrativa.

A animação também não está imune a essas coincidências. Dois filmes sobre insetos com protagonistas formigas, ambos lançados em 1998, geraram uma rivalidade notória entre grandes estúdios. Com histórias que envolvem heroísmo, aventura e romance, essas produções mostraram como a disputa por ideias e originalidade pode ser intensa até mesmo na animação, refletindo um mercado competitivo e cheio de interesses divergentes.

Em outras ocasiões, animações que exploram a vida marinha e as relações entre os personagens do oceano também surgiram quase que em sequência. Um dos filmes, muito elogiado pela crítica e premiado, foi seguido por outro que enfrentou avaliações mais mistas, mas ambos exploram o fundo do mar e o universo colorido dos peixes, reforçando a tendência de temas populares serem rapidamente explorados por diferentes estúdios para capturar a atenção do público.

Por fim, histórias apocalípticas envolvendo corpos celestes em rota de colisão com a Terra marcaram o cinema no final dos anos 1990, com duas produções lançadas com poucos meses de diferença. Embora tenham diferenças na abordagem e no elenco, ambas refletem a inquietação com possíveis catástrofes globais e o desejo humano por narrativas dramáticas de sobrevivência e heroísmo diante de ameaças cósmicas. Essas obras exemplificam a capacidade do cinema de tratar temas universais com diferentes nuances, mesmo quando as premissas são quase idênticas.

Assim, a observação dessas nove produções revela como a sétima arte pode se valer de ideias similares para criar narrativas que, embora parecidas, oferecem diferentes perspectivas e estilos. Seja por coincidência, competição ou inspiração direta, a proximidade entre alguns filmes desperta o interesse dos espectadores e evidencia a dinâmica complexa do mundo cinematográfico.

Autor : Sergei Asimov

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