Conheça os principais tipos de pesca praticados no Brasil

Sergei Asimov
By Sergei Asimov 5 Min Read
Joel Alves mostra todas as etapas da cadeia pesqueira, da captura ao consumo final.

A pesca no Brasil é uma atividade diversificada e de grande importância social, econômica e ambiental. Joel Alves frisa que o país abriga uma das maiores faixas costeiras do mundo e extensas bacias hidrográficas, que sustentam diferentes modalidades pesqueiras. Cada tipo de pesca possui características, impactos e oportunidades distintas. Entender essas diferenças é essencial para promover políticas que conciliem produtividade, conservação e desenvolvimento sustentável, tornando o setor mais competitivo e socialmente equilibrado.

A pesca artesanal e seu papel social

A pesca artesanal é a base econômica e cultural de inúmeras comunidades costeiras e ribeirinhas. Praticada em pequena escala, depende de conhecimento tradicional e de técnicas transmitidas entre gerações. É responsável por boa parte do pescado consumido no país e tem papel central na segurança alimentar e na preservação de modos de vida locais, unindo cultura e subsistência.

As embarcações de pequeno porte, os métodos seletivos de captura e o trabalho familiar definem essa modalidade. Além da captura, as comunidades atuam no beneficiamento e na venda direta do pescado, fortalecendo economias locais. Joel Alves informa que, apesar de sua relevância, a pesca artesanal enfrenta desafios como infraestrutura precária, acesso limitado a crédito e ausência de políticas específicas. Investimentos em capacitação, cooperativismo e modernização das embarcações são cruciais para aumentar a produtividade e manter a sustentabilidade ambiental.

A pesca industrial e a produção em larga escala

A pesca industrial representa a vertente mais tecnológica e estruturada do setor. Com grandes embarcações, equipamentos de rastreamento e processamento automatizado, ela abastece o mercado interno e impulsiona exportações. A atividade gera milhares de empregos e integra complexas cadeias logísticas que conectam portos, indústrias e redes de distribuição, consolidando o Brasil como exportador relevante no cenário global.

Contudo, Joel Alves infere que sua escala exige controle ambiental rigoroso. O monitoramento das capturas, a definição de cotas e o respeito aos períodos de defeso são essenciais para evitar a sobrepesca e permitir a regeneração dos estoques. O uso de tecnologias limpas e a adesão a certificações sustentáveis reforçam a credibilidade do produto brasileiro, tornando-o mais competitivo e alinhado às exigências ambientais internacionais.

Integração e responsabilidade ambiental fortalecem a economia da pesca, ressalta Joel Alves.
Integração e responsabilidade ambiental fortalecem a economia da pesca, ressalta Joel Alves.

A pesca esportiva e o turismo sustentável

A pesca esportiva cresce de forma contínua e se consolida como um dos setores mais promissores do turismo de natureza. Diferente das demais, prioriza o lazer, o contato com o ambiente natural e o princípio do “pesque e solte”. Essa prática reduz o impacto ambiental e estimula a conscientização ecológica entre os praticantes, além de gerar novas oportunidades de renda para as comunidades locais.

Regiões como a Amazônia, o Pantanal e o litoral nordestino são reconhecidas pela variedade de espécies e pela infraestrutura turística. A atividade movimenta a economia local, gera empregos diretos e valoriza a cultura das comunidades ribeirinhas, que atuam como guias e prestadoras de serviços. Joel Alves analisa que a integração entre turismo, conservação e educação ambiental torna essa modalidade uma aliada da sustentabilidade e da preservação dos ecossistemas aquáticos.

Integração entre os diferentes modelos

A coexistência entre pesca artesanal, industrial e esportiva requer planejamento e diálogo constante. Cada modelo tem papel próprio e pode contribuir para a economia e a conservação dos recursos. Políticas públicas de ordenamento, incentivo à pesquisa e uso de tecnologias sustentáveis são essenciais para equilibrar os interesses do setor e garantir o uso responsável dos recursos pesqueiros.

O futuro da pesca no Brasil depende da capacidade de unir tradição, inovação e preservação ambiental. Desse modo, Joel Alves conclui que, com uma gestão participativa, fiscalização efetiva e valorização das comunidades pesqueiras, o país pode fortalecer sua economia, proteger seus recursos hídricos e se consolidar como referência global em sustentabilidade marinha e desenvolvimento responsável, garantindo prosperidade às futuras gerações.

Autor: Sergei Asimov

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